Como a climatização impacta no controle de infecções hospitalares: um alerta para o inverno
- marketingnovva
- há 3 dias
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Durante o inverno, os desafios enfrentados pelos hospitais em relação à saúde respiratória se intensificam. O aumento de doenças sazonais, como gripes, resfriados, pneumonias e outras infecções respiratórias, coloca pressão sobre as instituições de saúde. Nesse contexto, um fator muitas vezes negligenciado, mas de extrema importância, ganha destaque: a climatização hospitalar.
A climatização—englobando sistemas de ventilação, aquecimento e ar-condicionado — exerce um papel fundamental no controle de infecções hospitalares. Mais do que oferecer conforto térmico, ela influencia diretamente na qualidade do ar, na propagação de microrganismos e na segurança dos pacientes, especialmente os mais vulneráveis, como imunossuprimidos, idosos e recém-nascidos.
O ar que respiramos nos hospitais
Ambientes hospitalares exigem padrões rígidos de higiene e controle de infecções. No entanto, o ar interno, se não for corretamente tratado, pode se tornar um veículo invisível de transmissão de bactérias, vírus e fungos. Em unidades fechadas, como UTIs, salas cirúrgicas e quartos de isolamento, a circulação de ar precisa seguir critérios técnicos precisos para evitar a disseminação de agentes patógenos.
No inverno, a situação se agrava: as janelas permanecem fechadas para manter o calor, o ar circula menos e a umidade relativa do ar tende a cair. Essa combinação favorece a suspensão de partículas infecciosas no ambiente, facilitando a transmissão por aerossóis e gotículas.
Climatização como estratégia de prevenção
A climatização adequada de ambientes hospitalares é uma das principais estratégias de engenharia hospitalar no combate às infecções. Sistemas bem projetados e mantidos garantem a renovação do ar, controle da umidade, filtragem eficiente e pressurização de ambientes críticos. Veja a seguir como cada um desses aspectos contribui para a segurança dos pacientes:
1. Renovação e circulação do ar
A troca constante de ar impede o acúmulo de poluentes e microrganismos no ambiente. Normas técnicas, como as da Anvisa (RDC nº 50) e da ABNT (NBR 7256), estipulam quantas trocas de ar por hora são necessárias em cada área hospitalar. Em salas cirúrgicas, por exemplo, são exigidas de 20 a 25 trocas por hora.
2. Controle da umidade
Ambientes com baixa umidade — comuns no inverno — favorecem o ressecamento das vias respiratórias, tornando o corpo mais suscetível a infecções. Além disso, microrganismos como vírus permanecem ativos por mais tempo em ar seco. Sistemas de climatização com controle de umidade ajudam a manter os níveis ideais (entre 40% e 60%), protegendo pacientes e profissionais.
3. Filtragem de ar
Os filtros são fundamentais em áreas críti
cas. Eles capturam até 99,97% das partículas com diâmetro superior a 0,3 micrômetros, incluindo muitos microrganismos. A correta manutenção e substituição dos filtros é essencial para garantir sua eficácia.
A importância da manutenção preventiva
Ter um sistema de climatização eficiente é apenas parte da equação. A manutenção preventiva deve ser constante. Dutos sujos, filtros saturados e sensores desregulados são falhas comuns que comprometem a qualidade do ar e o controle de infecções.
Durante o inverno, é recomendável reforçar os protocolos de inspeção e limpeza, principalmente em áreas críticas.
A climatização hospitalar vai muito além do conforto. Ela é uma ferramenta estratégica de controle de infecções, especialmente em épocas críticas como o inverno, quando doenças respiratórias se tornam mais prevalentes. Investir em sistemas adequados, realizar manutenções regulares e seguir as normas técnicas é proteger vidas — tanto de pacientes quanto de profissionais de saúde.
Em tempos em que a segurança hospitalar é uma prioridade global, repensar e valorizar a climatização como parte do controle de infecções é mais do que necessário: é urgente. Fale com quem entende do assunto. A Mult- Tec pode te auxiliar!
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